O percurso proposto permite uma compreensão mais detalhada das grandes transformações sociais e culturais ocorridas na Península Itálica que corroboraram para novas maneiras de representações picturais e novas formas de organização da vida social: o chamado Renascimento.

Evocando diversas cidades italianas e ateliês de mestres e artistas, apresentamos um conjunto de obras que nos permitem refletir sobre a invenção da perspectiva, o nascimento e o desenvolvimento do retrato, novas possibilidades de representar os temas religiosos, e o retorno ao mundo da antiguidade clássica que provocou o advento de um novo humanismo. Época fundada sobre um novo espírito científico de observação, a arte se torna mais naturalista e os artistas abandonam o espaço espiritual caro à Idade Média em benefício de um mundo tridimensional e de
movimento obtido graças à perspectiva. A paisagem urbana e rural e a arquitetura dos espaços são grandes novidades representadas em detalhes. Novas técnicas e suportes aparecem e o uso das cores se transforma. 

Ao longo da ala Denon do museu, o encontro marcado é com Giotto, Lippi, Botticelli, Mantegna, Messina, Da Vinci, Rafael, Veronese, Ticiano, Rosso, Pontormo entre outros mestres e gênios italianos que revolucionaram a arte, imprimindo formas e estilos que balizaram a criação artística até final do século XIX.